domingo, 3 de janeiro de 2016

Toma conta de mim



É tarde, vejo televisão , Pedro Abrunhosa canta uma música chamada "toma conta de mim". Agarro-me aos meus pensamentos , regurgito memórias, e tu entras-te nos meus pensamentos sem pedir autorização.  
Há quase seis anos que não nos vemos. 
Comecei , nos primeiros tempos, por te ver no carro com quem me cruzava.
Ás vezes pegava no telefone para te dizer que acabaramos de nos cuzar, ou apenas para falarmos.
Depois de algum tempo, eram os sítios, como os , em que costumava-mos almoçar ou ir tratar do barco. 
Uma coisa te confesso, nunca conseguiste estar muito tempo fora dos meus pensamentos. Afinal a amizade é assim. Tem principio mas não tem fim.
Lá onde agora moras não imagino o que fazes.
Tens uma vantagem, não envelheces.
Mas duvido que tenhas mudado muito. 
Quero te dizer, que não me aborreço por entrares sem aviso nos meus pensamentos.
Na noite de fim de ano, lembrei-me do teu sorriso, sarcástico, quando falavas no "Kit de felicidade", com que os restaurantes dos hoteis, presenteiam os clientes e que se compunha de um "chapelinho de papel e de uma lingua da sogra" sorri também. 
Estas à vontade , vai aparecendo nas minhas memórias.
É sempre um prazer lembrar-te.
Toma conta de mim lá onde moras.

 

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