terça-feira, 24 de novembro de 2015

Carpaccio

A folhas tantas, paro para descansar e entro no meu blogue.
A vida corre cheia de rápidos, como os que havia no rio Douro e por onde os Barcos Rabelos escorregavam, carregados de vinho do Porto, a caminho de Vila Nova de Gaia, com a diferença de que os nossos rápidos são arteriais e desaguam no coração.
As vezes, o nosso coração é fatiado, por quem  mais gostamos, como se de um carpaccio se tratasse. São fatias finíssimas  que nos são cortadas e fazem sangrar abundantemente.
Provavelmente quem nos inflige esta ferida, não se apercebe da dor também finíssima, que dai advem e que nos mata um pouco. São feridas , necroses, que o nosso coração emocional vai acumulando, como se de enfartes do miocárdio emocional  se tratassem.
Acabei de ser molestado mais uma vez, com um carpaccio ao meu coração.
Não sei quantas fatias aguento mais,
A folhas tantas cansei-vos neste meu momento de descanso.

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